Por: Prof. Dr. Antônio Xavier – Co-Founder do COGNVOX

Fonte: E-Book Brincar e Inclusão de Patrícia Camargo e Patrícia Marinho

Como sabemos, a deficiência é só uma das diversas característica com a qual podemos nascer ou adquirir ao longo da vida. Por isso, todos nós precisamos aprender a conviver de forma natural com as nossas próprias deficiências e com as das outras pessoas sem estranhamentos nem questionamentos.

Independentemente de nossa condição física, motora ou mental, todos nós precisamos de momentos de descontração, de passatempos que sejam divertidos, instrutivos e envolventes. Então, nada mais aconselhável do que passar parte do nosso tempo livre brincando.  

A brincadeira sempre foi a fórmula mágica que a criatividade humana encontrou para estabelecer momentos espontâneos de interação entre os brincantes. Brincar tem o condão de integrar ludicamente os participantes sem qualquer distinção de gênero, cor, raça, etnia, idade, sexo, classe social. O brincar é uma das maneiras mais simples de incluir.

Sim, a brincadeira é uma poderosa ferramenta de inclusão. Para tirar o melhor proveito das brincadeiras, seguem cinco sugestões deste blog para você que é pai, mãe ou responsável que poderão ajudá-lo/a na hora da colocar crianças típicas e crianças com deficiência para brincarem juntas.

Sugestão 1 – Sugira brincadeiras que privilegiem as capacidades e não as que reforcem as diferenças. Se uma das crianças tiver dificuldade de realizar uma das atividades da brincadeira, é importante indicar uma outra que destaque o que aquela criança tem de melhor. Assim, o grupo a conhecerá pelo que ela tem de bom e não pelo que ela não consegue fazer.

Sugestão 2 – Se for necessário, adapte as regras para que todos possam participar sem qualquer obstáculo para a criança com deficiência. As demais crianças certamente vão concordar com a mudança proposta, pois o que vale para elas é a diversão.

Sugestão 3 – Interfira na brincadeira só se for para incluir. Esta sugestão é um complemento da anterior. O objetivo é fazer com que todas as crianças brinquem juntas. Não é legal deixar alguma de fora. Porém, essa interferência só deve ocorrer se as crianças não tiverem achado antes uma solução sozinhas, o que em geral acontece.

Sugestão 4 – Não classifique as brincadeiras como mais adequada a criança com determinada deficiência e menos adequada à outra. Deficiência tem uma grande amplitude, por isso não dá para questionar se uma brincadeira é melhor para um autista e ruim para uma criança com deficiência visual. As próprias crianças definem seus limites do que podem ou não podem brincar.

Sugestão 5 – Adote atitude positiva sempre acreditando na capacidade de superação e no jeitinho que cada uma delas dará para conseguir brincar. Nada de coitadismo ou vitimização. Tudo que uma criança com deficiência não precisa é que se destaque um suposto problema.

Essas são, portanto, as cinco dicas que nosso blog deixa para você que é pai, mãe ou responsável por crianças com deficiência. Leve-as sem receio a espaços de convivência e as estimule a brincar com as outras crianças com a naturalidade e a pureza que lhes são peculiares.

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