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Excluir custa caro. Essa foi uma das conclusões a que chegou o relatório publicado pelas pesquisadoras, Lena Morgon Banks e Sarah Polack, do Centro Internacional de Evidência da Deficiência da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. As pesquisadoras mostraram que excluir pessoas com deficiência não é um bom negócio para qualquer país, ao passo que incluí-las traz incalculáveis benefícios em diferentes aspectos, além do financeiro.

O estudo se concentrou em três áreas-chave da vida das pessoas com deficiência: educação, emprego e saúde. Investir na educação e qualificação profissional de tais pessoas pode aumentar seus salários em 20% como aconteceu no Nepal. Por outro lado, excluí-las das oportunidades de aprendizagem e profissionalização pode representar perdas de mais de $ 54 milhões de dólares por ano, como foi o caso do Bangladesh.

Permitir o acesso à educação também produz benefícios como diminuição da criminalidade, controle na taxa de natalidade, maior consciência de cidadania e empoderamento de gênero, fatores que contribuem diretamente para a melhoria das relações sociais e da economia de um país.

A pesquisa revelou ainda que pessoa com deficiência tem pouco acesso ao mercado de trabalho formal, bem como sérias dificuldades de conseguir ocupação até mesmo como autônomo por não conseguir microcréditos subvencionados. As perdas financeiras também são verificadas entre aqueles membros da família que deixam seus empregos formais para cuidar do seu parente com deficiência. Juntos, os prejuízos pela ausência de geração de renda e pelo trabalho formal chegam a bilhões de dólares por ano nos países que não investem em programas de inclusão de pessoas com deficiência.

Quanto mais as empresas contratam pessoas com deficiência, menos o governo precisa gastar com programas de assistência social e a saúde, como apontou o relatório. As pesquisadoras explicam que a lucratividade das empresas tende a aumentar, porque pessoas com deficiência faltam menos, são mais atentas a questões de segurança e mantêm a produtividade no mesmo nível dos demais empregados sem-deficiência. Nos Estados Unidos, empresas as Walgreens e Verizon, por exemplo, que empregam uma grande quantidade de pessoas com deficiência, obtiveram 20% a mais de produtividade e 67% de retorno sobre o investido. 

Portanto, ganha mais o país que mais valoriza, investe e inclui as pessoas com deficiência no ambiente escolar, no mercado de trabalho e na sociedade como um todo.

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